Celulares apreendidos em presídios são destinados à educação indígena em MS

Projeto Transforme promove inclusão social com apoio da Agepen e Ministério Público

Luis Gustavo, Da Redação*


Policiais penais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) participaram, na última quinta-feira (25), da entrega de 200 aparelhos celulares apreendidos em unidades prisionais do Estado, agora destinados ao fortalecimento da educação em comunidades indígenas.

 

A ação integra o Projeto Transforme, desenvolvido pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, com apoio do Tribunal de Justiça, que busca dar uma nova finalidade a equipamentos de origem irregular, transformando-os em instrumentos de cidadania e inclusão social. Pela primeira vez, a Agepen e o Ministério Público do Estado, por meio da 50ª Promotoria de Justiça, participaram juntos da solenidade de entrega.

 

Os celulares foram destinados à Escola Municipal Indígena Professor Eugênio de Souza, localizada na Aldeia Brejão, em Nioaque, e à Escola Estadual Indígena Angelina Vicente. A cerimônia contou com a presença da promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin, de policiais penais e de lideranças locais.

 

Recebidos com entusiasmo por professores, pais e estudantes, os aparelhos foram celebrados como uma ferramenta que amplia o acesso à educação. Para a servidora da Agepen, Melicia Ruoppoli, o momento foi marcante. “Foi um dia ímpar, que ficará guardado em nossos corações. Participar de algo tão grandioso e saber que aparelhos celulares, antes usados de forma irregular, agora contribuirão para o conhecimento e educação de crianças tão especiais das nossas comunidades indígenas é motivo de orgulho para todos nós.”

 

O cacique da Aldeia Brejão, Ademar da Silva, também destacou a importância da iniciativa: “Estamos de portas abertas. Este gesto traz benefícios reais para nossas crianças e demonstra respeito pela nossa comunidade.”

 

O Projeto Transforme tem como objetivo reaproveitar celulares apreendidos em unidades penais. Os aparelhos, que antes eram inutilizados ou destruídos, passam por um processo de formatação realizado por universidades parceiras e, posteriormente, são doados a estudantes da Rede Pública de Ensino. Inspirado no projeto Alquimia II, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o Transforme surgiu durante a pandemia, quando a necessidade de aulas remotas tornou evidente a importância da inclusão digital.

 

Com a destinação dos equipamentos, o que antes era símbolo de uso ilícito dentro do sistema prisional ganha novo significado, tornando-se instrumento de aprendizado e de transformação social.*Com informações da Agepen.

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