Brasileiros ouvem mais de 24 horas de música por semana, diz pesquisa

A música está enraizada no gosto dos brasileiros

Da Redação


A música faz parte do dia a dia dos brasileiros, e isso não é novidade. Seja na rua, em festas, ou em casa, a música é um dos pontos culturais mais ricos do país. Com uma vasta diversidade de gêneros, algo é certo: o brasileiro sempre está fazendo tudo ouvindo música.

Um estudo realizado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) divulgou um relatório chamado "Engaging with Music 2023" e afirmou que os brasileiros escutam, em média, 24,9 horas por semana, ultrapassando a média mundial de 20,7 horas semanais. Este estudo levou em consideração os hábitos de consumo de música de mais de 43 mil pessoas em 26 países.

No contexto brasileiro, a Pro-Música, uma organização que representa as principais gravadoras e produtoras de música no país, compartilhou informações específicas sobre a situação atual no cenário musical nacional.

De acordo com os levantamentos e tendências apontadas, houve um crescimento e avanço no tempo dedicado pelas pessoas à música nos últimos anos. De 2022 para 2023, por exemplo, esse crescimento foi estimado em mais de 4 horas.

A pesquisa revelou percepções interessantes sobre os hábitos de consumo musical no país. A maioria, estimada em 82% do público, acredita que o momento atual proporciona mais opções para ouvir música do que nos últimos anos.

Os brasileiros estão se mostrando cada dia mais versáteis em relação às opções do momento. A média divulgada aponta que eles utilizam nove formas diferentes de consumir e ouvir músicas.

Uma boa parte dos entrevistados, 83%, afirmou entender os efeitos positivos que o consumo musical causa na mente e como afeta de forma extremamente positiva a saúde mental.

Ao falar do Brasil, é impossível não destacar a pluralidade musical. Seja no axé, no pagode, no samba, na MPB, no funk ou no sertanejo, a diversidade de gêneros musicais é o que não falta no cenário nacional. A pesquisa ainda mostra que mais de dez gêneros são ouvidos, enquanto a média mundial é de oito gêneros diferentes.

No entanto, mesmo com a ascensão das plataformas de streaming, alguns dados ainda chamam a atenção de forma alarmante. Aproximadamente 47% dos brasileiros ainda optam por consumir música por meio de métodos ilegais ou não licenciados, enquanto a taxa mundial é de 29%. Esse dado revela que uma parcela considerável da população brasileira continua recorrendo a meios não autorizados para acessar conteúdo musical, representando um desafio significativo para a indústria fonográfica no país.

A expressão artística sempre foi uma das principais características do povo brasileiro, e a música sempre foi um dos grandes pilares. Em todos os momentos da história, algum movimento artístico e musical estava acontecendo.

As tendências mudam, os contextos também, mas a música e seu consumo seguem sempre com as mesmas premissas. Esse panorama multifacetado se reflete no modo como os brasileiros consomem música, uma experiência que vai muito além de simplesmente ouvir.

Não só nos fones de ouvido, mas a música está presente em grandes eventos que acontecem pelo Brasil. Em fevereiro, por exemplo, um dos maiores exemplos. Uma das maiores festas do mundo, o Carnaval, é repleto de música nas folias, sendo um dos maiores pilares destas festividades. O São João, em junho, segue a mesma ideia.

Festivais como o Rock in Rio, o Lollapalooza e o Carnaval, entre outros, atraem multidões ávidas por experiências musicais ao vivo. Não é à toa que vídeos gravados em shows de artistas internacionais, por exemplo, sempre viralizam por conta da emoção e da paixão que o brasileiro costuma colocar na música.

Conforme informações recentes fornecidas pelo Spotify Brasil, o sertanejo assumiu a dianteira nas preferências dos ouvintes em 2023, impulsionado pelos talentos de artistas como Marília Mendonça, Jorge & Mateus e outras duplas que sempre estão em alta. Além disso, samba, sertanejo, rock, reggae e funk também aparecem nessa lista.

O crescente consumo de música no Brasil não apenas reflete a diversidade sonora do país, mas também desempenha um papel fundamental no impulsionamento do crescimento dos festivais. À medida que os brasileiros se entregam cada vez mais à paixão pela música, a demanda por experiências ao vivo torna-se cada vez mais evidente.

Atualmente, há desde festivais maiores como Rock in Rio e Lollapalooza até outros menores que estão surgindo, alguns deles até mesmo nichados. Atualmente, existem festivais de rap, como o Cena, sertanejo, como o Farraial, e outros que mesclam as mais variadas formas de música, como o Encontro das Tribos.

A convergência entre moda e música em festivais tornou-se uma característica marcante, refletindo as tendências culturais e estéticas do momento. Neste cenário, muitas pessoas começam a priorizar o conforto, indo atrás de peças como Nike Dunk, por exemplo.

À medida que o consumo digital e os eventos ao vivo continuam a evoluir, a música persiste como uma força unificadora. A tendência, no Brasil, é que esses consumos estejam cada vez mais em ascensão dentro do cenário cultural nacional.

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