Justiça manda soltar sargento da PM preso com arma ilegal em operação

Operação Oiketikus foi deflagrada em 14 municípios de Mato Grosso do Sul

Da Redação


O desembargador Paschoal Carmello Leandro concedeu habeas corpus ao sargento Ricardo Campos Figueiredo de 42 anos, preso na última quarta-feira (16) durante a Operação Oiketikus. Ele foi preso em flagrante por posse de arma ilegal de uso restrito em Campo Grande.

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Figueiredo está entre os 18 praças presos e mais três oficiais envolvidos na Máfia do Cigarro. Ele ocupava cargo de assessor. O “Campo Grande News” apurou que o governo do Estado publicará a sua exoneração na edição desta segunda-feira do Diário Oficial.

"Restou evidenciado o alegado constrangimento ilegal, uma vez que as peculiaridades da dinâmica em que se deram os fatos ensejadores da lavratura de dois autos de prisão em flagrante separadamente, numa única situação de possível ilegalidade, causa estranheza quanto aos reais objetivos da operação realizada, circunstância suficiente para evidenciar falta de justa causa na segregação cautelar, mormente quando não se revelou o destino do auto relativo ao crime previsto na lei desarmamentista", escreveu o desembargador no despacho.

O magistrado também detalhou que o sargento possui atividade lícita, família constituída, endereço certo e não registra antecedentes. Determinou que Ricardo compareça em juízo, informe suas atividades, além de proibi-lo de se ausentar sem comunicar a Justiça.

A Operação Oiketikus foi deflagrada em 14 municípios do Estado. A maioria deles estava localizada na rota do contrabando de cigarros. A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpriu 45 mandados de busca e apreensão com o apoio da Corregedoria da PM.

A remuneração dos envolvidos varia de R$ 1,9 mil a R$ 22,8 mil. Somente os salários dos três oficiais, juntos, chegam em cerca de R$ 65 mil.

Ricardo já foi investigado por corrupção passiva. Conforme inquérito policial, entre 2002 e 2003, ele e outros quatro militares cobravam propina de motoristas abordados cometendo irregularidades no trânsito. As vítimas relataram que pagavam de R$ 100 a R$ 200 aos servidores. Dez anos depois ele foi absolvido por falta de provas. Com Campo Grande News

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