Jornalista da fronteira com MS é preso por ligação com o PCC

Da Redação


Um jornalista de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, foi preso na noite de terça-feira (5) no Paraguai acusado de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Sandro Saúl Sánchez, do site Amambay Notícias, aparece em fotos divulgadas pela mídia paraguaia ao lado de membros da facção criminosa brasileira.

Sánchez foi preso por agentes da 5ª Delegacia de Villarrica, cidade localizada do outro lado do país, ao sul da capital Assunção, após uma denúncia anônima revelar que dois homens estavam em atitude suspeita mercado de um supermercado.

Ao notar a presença da polícia, o jornalista teria tentado fugir correndo para um estabelecimento comercial, mas foi detido. Segundo o jornal ABC Color, Sánchez é proprietário do jornal digital e tem antecedentes criminais para assalto em 2003 e 2005, tentativa de roubo em 2006 e falta de pagamento de pensão alimentícia, em 2011. Ele estava proibido de deixar o país.

Segundo policiais paraguaios, Sánchez é suspeito de vazar informações de investigações em andamento contra os membros da facção criminosa, além de trabalhar para uma quadrilha presa no Chaco paraguaio, em agosto deste ano.

Naquele dia, Adilson Gonçalves, o “Máscara”, Rafael Luciano dos Santos, João César Cabral dos Santos e Mayco de Souza foram presos pela Polícia Nacional. O jornalista teria usado o carro com adesivo do jornal digital para dar cobertura às atividades criminosas da facção.

Nesta quarta-feira, Sandro Saúl Sánchez deu entrevistas da cadeia onde está recolhido e negou ligação com o PCC. Afirmou que a polícia usou uma foto dele com pessoas desconhecidas para ligá-lo aos criminosos.

Disse que há alguns meses tirou a foto com clientes do consultório de odontologia de sua irmã, mas que não conhece as pessoas. "Uma simples foto está arruinando minha vida. Deixei meus filhos abandonados no apartamento, sou viúvo, sou pai e mãe", disse ele. O jornalista afirmou que tentou fugir por não saber que os homens atrás dele eram policiais.

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