''A dança é o que eu faço, essa é a minha vida'', diz dançaria de 15 anos

Caroline Alencar Ribeiro é dançarina de jazz e balé. Recentemente, descobriu o teatro

Glaucia Piovesan, Da Redação


A dança é uma das três principais artes cênicas da antiguidade, ao lado do teatro e da música. Destaque desta semana no Sexta Cultura, a jovem Caroline Alencar Ribeiro de 15 anos, é apaixonada pela dança e passa grande parte do seu tempo dentro da Funac (Fundação Nova-andradinense de Cultura), que promove diversas oficinas de dança e outras atividades culturais.

A paixão pela arte de dançar começou desde pequena, aos sete anos, quando entrou para o jazz, num projeto social realizado na AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil), com a professora Elízia Fernanda. Tempos depois, a professora deixou essas aulas para ministrar oficinas no Departamento de Cultura, e Caroline acabou seguindo o mesmo destino da educadora.

O talento e a dedicação da jovem foi visto pelas demais professoras deste espaço e a dançarina foi convidada pela professora de balé, Ana Paula Azevedo, "Paulinha", para fazer parte do grupo, isso já tem quase quatro anos. Desde então, ela pratica as duas modalidades de dança e treina cerca de 4 a 5 horas por dia, inclusive aos sábados.

“Pra mim, a dança é tudo. Há alguns anos fui para São Paulo e fiz ginástica rítmica. Meu desejo era seguir como dançarina numa grande companhia de dança, mas depois de seis meses minha mãe quis voltar para Nova Andradina”, conta a aluna do 1° ano da escola estadual Nair Palácio de Souza.

A partir deste ano, as aulas passaram a ser realizadas na Funac (Fundação Nova-andradinense de Cultura), que também passou a oferecer curso de teatro. Caroline resolveu então partir para um novo desafio, ser atriz. “No teatro é necessário um trabalho corporal intenso, então, isso me ajuda a melhorar as expressões nas coreografias de dança”, detalha.

Muito focada em tudo que se propõe a fazer, Carol mostra confiança e vontade de fazer da dança uma profissão. “Penso em fazer cursos, fazer testes em companhias de dança e, quem sabe fazer parte do Bolshoi, que é uma escola catarinense que descobriu vários bailarinos e que já fizeram intercâmbios na Rússia e outros países”, lembra.

Caroline Alencar Ribeiro durante apresentação – Foto: Arquivo PessoalEnquanto espera realizar este sonho, Caroline se apresenta individualmente e também junto as colegas de grupo em eventos culturais. É, na verdade, uma das dançarinas mais requisitadas pela equipe da Funac. A última experiência foi durante a vinda do governador Azambuja a Nova Andradina no início deste mês de junho. Foi um solo, em que a jovem começa a apresentação de dentro de uma caixa de brinquedos, exigindo elasticidade e flexibilidade.

Para aprimorar seus passos, a estudante costuma assistir vídeos pela internet e principalmente, treinamentos diários. A sua presença é tão constante e marcante nos corredores da Funac, que já se tornou referência para outros alunos, tanto que os mais novos a vêm como exemplo. “Elas dizem que querem ser iguais a mim. Fico orgulhosa, elas se inspiram em mim. Eu auxilio as professoras durante as aulas e até dou conselhos, mas é preciso ter bastante concentração e foco, por isso, muitos desistem. Para conseguir fazer os movimentos, evoluir na dança é necessário sentir dor, treinar, colocar a dança na frente de tudo”, revela Caroline.

Se na dança, ela tem experiência, no teatro ainda dá os primeiros passos. Caroline ensaia o seu primeiro espetáculo, Os Saltimbancos, que é um teatro musical. “Eu utilizo meus conhecimentos de dança nesta apresentação. Tá sendo muito bacana, muito gratificante”.

Ao final da entrevista, a reportagem do Jornal da Nova questiona a jovem dançarina: caso os planos profissionais não se concretizarem, você ficaria satisfeita de ser uma professora de dança? A resposta foi a seguinte: “Posso ter uma escola de dança aqui em Nova Andradina, dar aulas para quem está iniciando. Dançar é um dom, não são todos que conseguem. Tenho paciência, gosto de dançar. A dança é a minha vida, não me imagino sem. Quando você dança, seu propósito não é chegar a determinado lugar. É aproveitar cada passo do caminho”.

Caroline Alencar Ribeiro durante ensaio – Foto: Glaucia Piovesan/Jornal da Nova

Carolina finaliza dizendo que a dança é a única coisa que lhe faz inteiramente feliz e que a família, ao lado dos amigos e das professoras, são seus maiores incentivadores.

“Minha mãe me apoia, sabe que aqui é minha segunda casa. Compartilham meus vídeos, estão em todas as minhas apresentações. Aí tem a família Funac, a professora Elízia é minha segunda mãe”, exalta. E conclui: “A dança é o que eu faço, essa é a minha vida”.

“A dança é a minha vida, não me imagino sem. Quando você dança, seu propósito não é chegar a determinado lugar. É aproveitar cada passo do caminho”, diz Carol – Foto: Glaucia Piovesan/Jornal da Nova

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