Em operação, segurança pública desafia criminosos que agem em presídios da Capital

Da Redação


Criminosos que mesmo atrás das grades continuam agindo com auxílio de comparsas do lado de fora de presídios de Campo Grande foram desafiados pela segurança pública que, há três dias, deflagra operação surpresa em dois estabelecimentos penais. As informações são do "Correio do Estado".

Em série de pentes-finos que começaram na quarta-feira (3), mais de 100 aparelhos celulares – principal ferramenta de comunicação dos presidiários, foram apreendidos. Além disso, em celas, foram encontradas mais de mil porções de maconha e outras de cocaína. Até balanças foram achadas, comprovando que, além de planejar e ordenar crimes de trás das grades, presos também comercializam drogas entre eles.

Os estabelecimentos prisionais alvos da força-tarefa foram: o Ptran (Presídio de Trânsito) e Presídio de Segurança Máxima, localizados no Bairro Noroeste. No dia 3, no Ptran, agentes penitenciários, amparados por policiais militares do Batalhão de Choque, apreenderam 14 aparelhos celulares e algumas porções de maconha. Ontem (4), foi a vez da revista acontecer na Máxima. Apenas em um ponto, feito de esconderijo em local restrito a presos, no pátio, foram encontrados pouco mais de 80 telefones.

Ao todo, foram apreendidos 119 celulares. Mais de mil papelotes de maconha e 452 de cocaína também foram interceptados. Foram apreendidos, ainda, 230 litros de bebida alcoólica artesanal. A última ação da série ocorreu na manhã de hoje e o resultado ainda não foi divulgado.

Agentes penitenciários, amparados por policiais militares do Batalhão de Choque, apreenderam 14 aparelhos celulares e algumas porções de maconha - Foto: Divulgação''Surpresa''

Os números foram divulgados pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa. Ele garante que a operação ''surpresa'', desencadeada apenas em duas das oito unidades penais, foi planejada em caráter preventivo, não por ter havido denúncia pontual. “Nosso objetivo é sempre coibir a entrada de materiais ilícitos. Muitos entram arremessados por muros e outros por visitantes, já que sem aparelho raio-x, não temos capacidade plena de barrar”, justificou.

Questionado sobre a possibilidade de servidores facilitarem o ingresso de celulares, por exemplo, o diretor-presidente da Agepen foi taxativo. “Sem flagrantes não tenho como dizer se facilitam ou não”, pontuou.

Presos da capital

Conforme Stropa, a massa carcerária de Campo Grande é composta por cerca de 6,1 mil presos, entre os regimes semiaberto, aberto e fechado. 2,2 mil deles estão no Presídio de Segurança Máxima, tido como o mais problemático para a segurança pública, uma vez que são de lá que partem ordens para crimes graves como roubos e assassinatos.

Ao redor dele, foi instalado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em 2014, bloqueadores de sinais, mas que nunca funcionaram plenamente. Desde a época da ativação, crimes comandados por presos continuaram ocorrendo. Hoje, a justificativa para o acesso ao serviço de telefonia que permanece dentro da unidade é a tecnologia. “Os equipamentos barram sinal 3G e a tecnologia dos aparelhos de hoje evoluíram. Mesmo assim, constantemente, são feitas manutenções”, defendeu Stropa.

Mais Notícias – Participe da nossa fan page no Facebook, “Jornaldanova” e receba as informações da cidade, estado, Brasil e mundo em primeira mão. Acidentes, prisões, política e muito mais... Clique aqui e conheça.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!